Perdão, Madonna
Mas você se enganou
Aqui nesta terra de muitas raças
Sons
Ritmos e cânticos de todas as partes
A sua arte, Madonna
Tropeçou.
Nas Américas apenas aqui, Madonna
O coração da alma afro
Jamais se plastificou e cantamos dançando
Livres
Todas as músicas
Até em blues
Blues universais que aqui ancorou
Em alvas práias bordadas de azul
E um verde que não acaba mais
Nem jamais terminam os encantos
Dos nossos mistérios
São tantos...
Madonna, nossa voz tem mil sotaques
E um tamborim fiel que a segue
Ao luar das muitas festas
Nosso olhar é dançarino
Nosso andar é bailarino
Somos o sopro das melodias,
[Madonna
Você se enganou
However, please stay on the stage
Com seus blue eyes
E esse corpo metálico se contorcendo
Feito míssil rodopiando
Madonna don't go home
sábado, 25 de outubro de 2008
terça-feira, 21 de outubro de 2008
Que dia cinzento
Que dia cinzento
Quantas cinzas
Quantos cigarros no cinzeiro.
Mil sonâmbulos espreitam
Atrás de cortinas o momento certo
Tomar o último gole
De licor em cristal líquido
Escorregar pela névoa
Esticar o corpo, dormir
Mas antes, muito antes
Trancar os sonhos na gaveta
De mógno escuro
Que assim são as noites.
Sombras de lua
Paul Klee as fazia
Vermelhas, azuis
Jamais cinzas.
Que dia cinza
Que noite cinzeiro
Quantas taças estilhaçadas
E o licor escorrendo
Lento.
Vôos de borboletas
Sobre os lençois
Tão brancos
Pálidos mantos
Casulos.
Apagar os sonhos
Desligar os blues
O licor, o cinzeiro
Que dia cinzento
Que dia cinzento
Quantas cinzas
Quantos cigarros no cinzeiro.
Mil sonâmbulos espreitam
Atrás de cortinas o momento certo
Tomar o último gole
De licor em cristal líquido
Escorregar pela névoa
Esticar o corpo, dormir
Mas antes, muito antes
Trancar os sonhos na gaveta
De mógno escuro
Que assim são as noites.
Sombras de lua
Paul Klee as fazia
Vermelhas, azuis
Jamais cinzas.
Que dia cinza
Que noite cinzeiro
Quantas taças estilhaçadas
E o licor escorrendo
Lento.
Vôos de borboletas
Sobre os lençois
Tão brancos
Pálidos mantos
Casulos.
Apagar os sonhos
Desligar os blues
O licor, o cinzeiro
Que dia cinzento
quarta-feira, 15 de outubro de 2008
Partida fria
Disse
Vou partir
E partiu
De si, deixou apenas
Alguns fios de cabelo
Sobre o travesseiro
E uma escova de dentes esquecida
Sobre a pia
Fria.
Partiu e ao partir permaneceu
Em mil páginas de poemas não escritos
Fria pia.
Construiu em mim sinfonias silenciosas
Ah, deixou ainda um par de sapatos
Caídos no chão da sala
Não ouvirei mais seus passos chegando
Escutarei somente pisadas que se distanciam
E o gotejar constante
Da fria pia
Vou partir
E partiu
De si, deixou apenas
Alguns fios de cabelo
Sobre o travesseiro
E uma escova de dentes esquecida
Sobre a pia
Fria.
Partiu e ao partir permaneceu
Em mil páginas de poemas não escritos
Fria pia.
Construiu em mim sinfonias silenciosas
Ah, deixou ainda um par de sapatos
Caídos no chão da sala
Não ouvirei mais seus passos chegando
Escutarei somente pisadas que se distanciam
E o gotejar constante
Da fria pia
Partida fria
Disse
Vou partir
E partiu
De si, deixou apenas
Alguns fios de cabelo
Sobre o travesseiro
E a escova de dentes esquecida
Sobre a pia
Sobre a pia
Fria.
Partiu
E ao partir permaneceu
Para sempre nas mil páginas
De poemas não escritos
Fria pia.
Construiu em mim sinfonias silenciosas
Ah, deixou também um par de sapatos caídos
No chão da sala
Jamais ouvirei novamente seus passos
Chegando. Agora ouço apenas
Pisadas que partem
E o gotejar da fria pia.
quinta-feira, 9 de outubro de 2008
Crise em crise
Esta crise econômico-financeira internacional é característica do sistema capitalista que já é, em sua essência, uma forma de crise permanente. Estamos apenas vendo o outro lado da moeda;"A César o que é de César", é a frase sobre a qual os especuladores deveriam fazer uma reflexão antes de se suicidarem, como aconteceu em 1929, caso a situação evolua para o replay da chamada Grande Depressão.
Não há dúvida; o capitalismo é a lei do cão, o tiro fatal do cowboy, a canga que nos rebaixa.
Não há dúvida; o capitalismo é a lei do cão, o tiro fatal do cowboy, a canga que nos rebaixa.
Bala perdida
A bala perdida
É a louca fugida
Do manicômio
No meio da noite
Desvairada rompe
Relâmpaga
O Blue Velvet da escuridão
De dia
É um Sol concentrado
Tórrido grão
Percorre em fio o pavio
Tênue da luz
Bêbado pássaro
Sem rumo
A bala perdida
É uma bomba atômica portátil
Volátil serpente
Embora vesga e demente
Sempre acerta
E apaga o brilho do olhar
Sempre, sempre
Chega como chega a morte
Sem avisar
Sem bater na porta
Nem pedir licença
A bala perdida
É o lado avesso da reza
A realização da praga rogada
O cantar emudecido
Em pleno dia
No meio da noite
A qualquer instante
quarta-feira, 8 de outubro de 2008
Apenas mais um dia
- Em 1929 houve a quebra da Bolsa de Nova York, conhecida como a Grande Depressão. Milhares de pessoas perderam tudo o que tinham, e famílias compartilharam a mesma casa porque haviam sido despejadas por falta de pagamento; 12 milhões de trabalhadores ficaram desempregados, apenas nos EUA. Investidores se suicidaram, e a crise atingiu o mundo todo.
- A subnutrição se alastrou. Todas as compras consideradas supérfluas foram eliminadas, inclusive a gasolina; no Canadá os carros passaram a ser puxados por cavalos.
- No Brasil, os cafeicultores empobreceram do dia para a noite porque os EUA eram os seus maiores compradores. Este fato gerou desempregos e o comércio interno foi severamente atingido.
- Hoje, os Bancos Centrais dos EUA, Europa e China reduziram a taxa de juros para segurar a cachoeira da crise financeira internacional. O terror do replay de 1929 invadiu corações, mentes e a caixa-forte dos bancos mais poderosos do mundo.
- Ontem, os candidatos à presidência dos EUA, Barack Obama e John McCain, discutiram sobre o que fariam nas guerras do Afeganistão e Iraque.
- Apenas a guerra do Iraque já consumiu US$3 trilhões.
- Então, o melhor a fazer é esconder-se debaixo da cama e ficar ouvindo Rock Me Baby,com B.B. King & Eric Clapton.
terça-feira, 7 de outubro de 2008
Hoje
Hoje não é dia de falar
Nem de escutar. É apenas
O momento de reler
Algumas cartas antigas
Tão antigas são
Que nem letras têm
Partiram todas para longe
Como os ventos
E vestígios jamais deixam
Além
Bastante além
De algumas marcas no papel
Nem de escutar. É apenas
O momento de reler
Algumas cartas antigas
Tão antigas são
Que nem letras têm
Partiram todas para longe
Como os ventos
E vestígios jamais deixam
Além
Bastante além
De algumas marcas no papel
Assinar:
Postagens (Atom)