Que dia cinzento
Que dia cinzento
Quantas cinzas
Quantos cigarros no cinzeiro.
Mil sonâmbulos espreitam
Atrás de cortinas o momento certo
Tomar o último gole
De licor em cristal líquido
Escorregar pela névoa
Esticar o corpo, dormir
Mas antes, muito antes
Trancar os sonhos na gaveta
De mógno escuro
Que assim são as noites.
Sombras de lua
Paul Klee as fazia
Vermelhas, azuis
Jamais cinzas.
Que dia cinza
Que noite cinzeiro
Quantas taças estilhaçadas
E o licor escorrendo
Lento.
Vôos de borboletas
Sobre os lençois
Tão brancos
Pálidos mantos
Casulos.
Apagar os sonhos
Desligar os blues
O licor, o cinzeiro
Que dia cinzento
terça-feira, 21 de outubro de 2008
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