domingo, 27 de setembro de 2009

BAILARINO D'AREIA

A vida nos une e nos separa
Num belo e fatal
Frio
Movimento de ondas
De mar

Como, digam-me
Como sorrir
E chorar
Alternadamente?

No rítimo vaivém
De águas ora doces
Outras vezes salgadas

Será o náufrago
Isolado numa ilha
Abençoado pela sorte
De viver para sempre
Além da morte
Sem encontros
Nem desencontros?

Inseparável de sua sombra
Leal companheira
E vice-versa
Como a estrela
É sua própria luz

Dias de sol
Noites de luar
O embalo da música
Soprada pelo mar

Orquestra a dança
Do bailarino d'areia

O corpo
Abraçado
Em seu próprio manto

Sem nenhum encontro
Mas distante
Muito distante
No longe oceânico
De qualquer desencontro












3 comentários:

Sandra Timm disse...

É assim que me sinto... o tempo todo!

Isso tem solução?

Sandra Timm disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Desabafei disse...

Tio Herbert! Não precisa escrever sânscrito, em português você já escreve bem o suficiente. Não sabia que você tinha um blog, estava pesquisando sobre o meu bisavô Werner Timm e acabei encontrando seu blog. Muito lindo, passarei a frequentar agora.
muitos beijos, bibiu